A geopolítica internacional vêm sofrendo alterações estratégicas entre nações, desde meados do ano de 2008.
O sistema econômico mundial, então controlado pelos Estados Unidos da América, têm sofrido imensas derrotas nas últimas duas décadas, por motivos diversos; talvez a estratégia expansionista norte americana, esteja enfrentando demonstrações claras que seja um grande erro ou equívoco tais métodos de manter o controle econômico mundial.
Nações que compõe o controle econômico e produtivo mundial, que são formadas pelas nações mais ricas do mundo, sob liderança dos Estados Unidos da América, exploram reservas naturais de nações em desenvolvimento, e até mesmo daqueles que sequer têm algum desenvolvimento, mas possuem reservas naturais, como petróleo, minérios como ouro, diamantes, ferro, aço, etc... Inicialmente, principalmente no período pós segunda guerra mundial, houve pelas grandes potências, um controle necessário para manter sua hegemonia no controle econômico e produtivo mundial.
A partir da crise mundial de 2008, antes mesmo com o fracasso de invasões ao Iraque, que é notório e cada dia as evidências se tornam mais claras, que a razão era o petróleo iraquiano, e não guerra contra qualquer coisa que foram ditas. Mas foram múltiplas investidas expansionistas que fracassaram, pela resistência guerrilheira de povos das localidades, financiados por outros interesses, sejam eles os interesses religiosos, culturais e tantos outros, que sempre culminam também no interesse econômico, estratégico, sempre ligados ao petróleo ou outras reservas naturais.
A questão é que o petróleo se tornou fonte de energia muito cara, em razão dos recursos necessários que o império do capital internacional precisa dispor para manter o controle e segurança das reservas adquiridas em territórios estrangeiros, como por exemplo no Iraque.
Por volta de 2006, o Brasil anunciou a descoberta do pré sal, uma das maiores reservas de petróleo limpo do mundo, então a partir do ano de 2008, o Brasil se viu diante de escândalos, um após outro na administração presidencial e institucional, onde leva a crer que talvez os objetivos seriam a derrubada do governo para que as políticas de exploração e produção de petróleo e derivados possam ser alterados, com possíveis notícias de sucateamento da Petrobras, privatização de suas unidades de produção e processamento de derivados de petróleo, inclusive concessão de exploração para empresas internacionais, quase todas elas de consórcios liderados pelo Estados Unidos da América.
Também vamos lembrar que a Venezuela, possui reservas de petróleo, considerada também como uma das maiores do mundo, além de sua economia ser 96% dependente da produção de derivados de petróleo em território venezuelano.
Então na última década, estamos presenciando de forma massiva todos os dias uma investida norte americana na América do Sul, nas políticas ou controle das políticas na Venezuela, com isolamento do governo venezuelano perante a comunidade internacional, impondo sanções, afim de trocar o governo e retomar a concessão do petróleo venezuelano, que fora repatriado na década de 50, e defendido por Hugo Chaves e Nicolás Maduro, contra os interesses norte americano. No Brasil, há diversas evidências de participação americana na criação e controle da Operação Lava Jato que derrubou diversos lideres esquerdistas, sucateou a Petrobras, deu concessão da exploração de petróleo para corporações lideradas pelo Estados Unidos da América, e outros esgotamentos do Estado, proporcionado pela aproximação política do Brasil com Estados Unidos da América.
Vamos lembrar também que Brasil, juntamente com China, Rússia, índia e África do Sul, formaram uma aliança estratégica, conhecida por BRICS, onde o objeto desse projeto ou aliança, seria a médio e longo prazo, ser um novo sistema econômico e de desenvolvimento estratégico entre nações membro deste banco, onde possivelmente existiria uma outra moeda única; a expectativa para este projeto, seria formar um novo sistema econômico, onde as nações membro, teriam oportunidades por igual de crescimento econômico, desenvolvimento e produção de forma soberana; ao contrário do atual sistema liderado pelos Estados Unidos da América, onde as nações apenas cedem suas reservas, e nada produzem, tornando-se nações pobres e sem desenvolvimento.
Atualmente o Brasil encontra-se na maior crise política de sua história, com um governo sem qualquer propósito nacional, onde não há um projeto de Estado, de estrutura e desenvolvimento. As políticas são de caráter entreguista, a inflação aumenta já sem controle, as variações de preços no mercado interno são assombrosos, e pior que isso, não há nenhuma perspectiva de mudanças no quadro.
Os empresários brasileiros, embora são parte importante na culpa do cenário político, econômico e geopolítico que estamos vendo, por suas ambições em controlar reservas nacionais, como petróleo, minérios, dentre outras reservas, como também não podemos deixar de citar, as energias hídricas.
Estes empresários, atualmente encontram-se em grandes dificuldades no mercado. Como não há atividade econômica interna no país, os empresários brasileiros perdem negócios, comprometendo seu domínio produtivo e comercial no mercado interno, perdendo lugar para o mercado internacional.
São estes os principais impulsionadores da crise enfrentada pelo governo. Ou eles derrubam ou mudam a postura política do governo, ou o mercado internacional tomam o controle total das atividades econômicas nacionais, inclusive tendo eles que entregar suas empresas para o controle internacional.
Existe uma pressão de força entre e nos poderes, afim de forçar uma mudança administrativa no país. E como mencionei acima; o Brasil atualmente nada produz, setores como do petróleo, agricultura, apenas exportam, e nada fabrica em território nacional; trazendo ao país, desemprego, descontrole de preços que agora está dolarizado, e por isso a razão de aumentos constantes.
O governo luta desesperadamente para ser manter no poder, e usa todos os meios necessários para se manter; e uma das formas seria por algum tipo institucional de golpe, ou tentativa de impulsionar sua popularidade.
O mercado interno, representado pelos empresários brasileiros buscam alternativas, como um impeachment do presidente, uma terceira via, ou mesmo o retorno de Luis Inácio da Silva "LULA" ao poder, sendo que está é a última alternativa, porém não descartada, embora é algo considerado a acontecer, caso a escolha seja popular pelo voto democrático.
Geopoliticamente, o bloco liderado pelo Estados Unidos da América, tenta manter Rússia e China distantes da América do Sul ou até mesmo da América Latina; deixando-os preocupados e com gastos em defesa para assegurar o controle e segurança de seus territórios, fronteiras e soberania.
A saída dos Estados Unidos da América do Afeganistão foi estratégica, quando muitos falam de erro americano; a verdade que EUA não erra assim. Sua saída do território afegão, abrindo caminhos para inúmeras possíveis "GUERRAS IRREGULARES" de grupos insurgentes, guerrilheiros ou mesmo terroristas nas fronteiras de Rússia e China trariam aos seus opositores econômicos bastante trabalho e gastos, que talvez possa em conjunto com outros fatores ainda desconhecidos, mas que possam nos próximos dias, semanas aparecer, que impeçam estes países de intervir em eventos estratégicos que podem ocorrer nas Américas.
É bem possível que Venezuela esteja as vésperas de uma ofensiva de grandes proporções para derrubar a força, seu governo. Esta ofensiva, deve no primeiro momento ser de ordem guerrilheira, insurgência, onde penso eu que possivelmente envolverá outras nações vizinhas nos efeitos colaterais e pressões diplomáticas, como Brasil e Colombia.
Estas operações, financiadas como sempre é, podem que sejam rápidas, com duração de poucas semanas, mas de grande proporção, que certamente terá intervenção internacional, que entendo sendo de Estados Unidos da América e nações lideradas por ela.
Estes são os cenários imagináveis e que por minha análise entendo ser o mais possível de acontecer. Importante que entendamos que estamos diante de uma guerra de poderes, onde há décadas, os verdadeiros poderes deste sistema se movimentam no jogo de expansão e domínio do mundo.
Um golpe de ordem militar no Brasil é uma medida arriscada, isso para não entrarmos em outras questões. Mas havendo um golpe de natureza militar no Brasil, certamente haverá repercussão e medidas contrárias da comunidade internacional. Vamos lembrar que China e Rússia são membros permanente do Conselho de Segurança da ONU, e jamais vão admitir golpe militar, e imagino que de alguma forma devem pedir intervenção no país. Da mesma forma seria na Venezuela em caso de uma intervenção militar pelo Estados Unidos da América.
Certo é que estamos ás vésperas de decisões importantes no globo terrestre, inclusive em nosso país e nos países vizinhos do Brasil.
Em caso de impeachment do presidente, existe a possibilidade real de vitória do vice-presidente nas eleições de 2022? O jogo está em curso, os poderes se movimentam a sombra do povo.
No mais, vamos continuar observando e estudando os movimentos, as decisões e comportamentos, não só do nosso governo e instituições, mas de todo o globo, tudo está conectado entre todos.
Thomas, obrigado pela sua participação, e peço desculpas, porque achei que tinha respondido suas perguntas. Vou fazer minha análise sobre suas perguntas, embora muitas coisas ocorreram desde que suas perguntas foram feitas, porém dentro de uma previsão minha já mencionado nas publicações anteriores aqui nesse fórum de discussões.
Se observarmos bem até mesmo pelos noticiários, conseguimos sem muito esforço entender que a GUERRA NA UCRÂNIA possui motivações muito maiores que as narrativas que estamos escutando.
Notamos que nações internacionais, e se olharmos bem, as nações integrantes da OTAN são as principais financiadoras da Ucrânia para se defenderem da Rússia. A pergunta é, porque? As nações da OTAN estão gastando bilhões de dólares para financiar a Ucrânia em tempo de crise econômica mundial, a troco de que?
A guerra da Rússia contra Ucrânia tem oferecido consequências negativas à economia mundial, na qual todo o mundo têm sofrido as consequência dessas medidas, e a pergunta que não quer calar, é o porque que todo o mercado econômico mundial se calou diante dessa crise toda com a Ucrânia. No mais outra pergunta, seria em que a Ucrânia contribui significativamente para economia mundial, que justifique tamanho investimento internacional à Ucrânia, no abastecimento desta nação com armas de defesa contra a Rússia.
O que está por trás disso tudo, segundo minha análise, é muito maior que Ucrânia, é muito maior que o investimento bilionários que a OTAN está realizando na Ucrânia.
A Ucrânia é apenas o LARANJA do conflito; este conflito na verdade é muito maior que o próprio conflito em questão. Se trata de disputa de território comercial, geopolítico, e para ser mais específico, vejo que o problema não está exatamente na Ucrânia, mas sim no problema para OTAN, que se chama Rússia. Porém vou mais além; Rússia sozinha não é nada, o problema não é exatamente a Rússia e sim os que estão junto com a Rússia, como a China; e podemos ir mais além, não é só a China, mas sim outros que também estão com a China e Rússia, como índia, África do Sul e Brasil...mais que isso, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Marrocos, e tantos que se declararam publicamente quererem estar juntos em um bloco que pode ser poderoso e letal para o sistema no qual a OTAN defende, a soberania do MONOPÓLIO do sistema capitalista.
Qual seria a ameaça a qual as nações mais ricas do mundo estão tentando se defender? O BRICS.
Então inicialmente os soberanos do monopólio do capitalismo mundial estão colocando tropeços à economia das nações que integram os BRICS.
Primeiro, acredita-se que ajudou derrubar o governo de Dilma Rousseff do Brasil em 2016, tentaram manchar e destruir os integrantes do partido que criaram o BRICS juntamente com os demais países que compõe a sigla; tentam estrangular a economia da Rússia, que ao meu ver se defende estrategicamente de manobras hostis em seu território de interesse geopolítico; criam condições de hostilidade na China, afim de gerar conflitos entre a população chinesa, sem falar da questão Taiwan, e muitos outros conflitos que na região estão sendo disseminados, afim prejudicar economia local e gerar conflitos locais na região dos países citados.
O conflito na Ucrânia deve em breve se converter em um conflito Rússia X OTAN, também acredito que deve ser disseminados diversos outros conflitos de ordem social e mesmo conflitos armados em regiões como Índia, China, Brasil, e no continente africano, e isso será a TERCEIRA GUERRA MUNDIAL.
Estes eventos ocorrerão mediante as articulações e conversões de negócios internacionais entre países em formalização de bloco estruturado de nações, o BRICS, que se tornará não apenas uma parceria comercial de nações, mas sim um bloco único de interesse em diversos seguimentos, como de defesa unida para defesa de interesses em comum.
Todos estes eventos que precede estes acontecimento estão sendo realizados, e se estivermos atentos, podem ser notados com facilidade. Todas estas guerras ou conflitos que andam ocorrendo, como na Ucrânia, na Venezuela (milícias se enfrentando), golpes na Bolívia e Brasil, além de um governo versão armamento e defesa de um chamado "nacionalismo" como o do governo Bolsonaro; tudo isso está na pauta e agenda da construção dos eventos narrados acima.
Então resumindo para que eu possa responder a pergunta: Alguns eventos ocorrem e ocorrerão simultaneamente, outros não, porém todos eventos progride em uma continuidade ascendente para conflitos maiores, generalizando; ao mesmo tempo forçando quem governa, ao uso da força para controlar, manter a ordem e consequentemente as condições de governabilidade.
As restrições na medida que há crescimento dos conflitos, são certas as restrições, e isso impacta na vida das pessoas de diversas formas, inclusive economicamente ou financeiramente.
Só para que eu possa fundamentar melhor minhas conclusões finais, quero deixar claro, que nestes dois cenários que futuramente serão mais nítidos aos olhos do público. Os dois lados são lados de interesses, os dois lados cometem e cometerão barbaridades, ilegalidades, descasos, dentre outras medidas e posturas. Os dois lados farão denúncias contra o outro para chamar atenção do público oponente, afim de pressionar seu opositor.
Eu já disse em alguma outra publicação, em um conflito nota-se que as pessoas migram de um lugar para outro, em busca de oportunidades e segurança. Acredito que neste tempo que não está longe, não haverá muitos lugares seguros, porém existirá sim oportunidades e refúgios em meio a conflitos.
Sempre haverá recursos disponíveis para quem necessita, todavia em meio a conflitos e guerras o acesso à estes serviços se tornam mais difíceis, então penso que as pessoas tem estar atentas e buscar se organizar em grupos para que possam alcançar os recursos necessário com maior facilidade.
O Brasil é um país pacífico, todavia vejo que estará ligado a acordos no qual deverá cumprir. Isso independente de que lado esteja, embora acredito que o Brasil deve nos próximos meses concretizar de forma formal e prático algo concreto com os países membros do BRICS.
Espero ter conseguido responder suas perguntas.
Sílvio Assis